terça-feira, 28 de junho de 2011

Eu, eu mesmo e a propaganda.

– Ei, você.

– Oi.

– Trabalha com o quê?

– Eu?

– Sim, estou falando com você.

– Eu sou publicitário.

– E você se sente bem sendo publicitário?

– Me sinto sim, mas por que a pergunta?

– Sei lá, sabe o que andam dizendo dos publicitários.

– Que somos criativos, engraçados, bom vivants?...

– Não! Que são mentirosos, inescrupulosos, sem caráter, que comem criancinhas no café da manhã.

– Estes não seriam os russos?

– Os russos e os publicitários. Os publicitários russos, esses prefiro nem comentar.

– Que injustiça. Como podem falar tal coisa?

– Injustiça por quê? Enganam as pessoas, as fazem querer comprar coisas que não precisam, criam necessidades que não têm...

– Opa! Peraê! Criam necessidades que elas não têm? Você conhece a pirâmide de Maslow?

– Não.

– Pois bem Maslow nos diz que...

– Também não disse que queria conhecer. Ta vendo só, vocês sempre tentam empurrar informação goela abaixo.

– Tá, mas deixa eu me defender...

– Vai, fala o que o Maslow disse pra você. Mais seja rápido e convincente, igual a um comercial das Havaianas.

– Resumindo: Maslow nos diz que todos os seres humanos possuem necessidades: fome, proteção, status etc. O que a gente faz é usar as necessidades que as pessoas já têm a favor de uma marca. Olha o exemplo das Havaianas, o certo seria vender conforto ou proteção certo?

– Claro, é o que o produto faz.

– Todo calçado faz isso. Mas e se a gente falar que todo mundo usa Havaianas? E olha que não é mentira. Já não é proteção, não é conforto, é um sentimento de aceitação de status, é uma necessidade que todo mundo já tem.

– Tá legal, um a zero pra você. Mas e os maus exemplos que a propaganda dá?

– Hã?

– Comerciais de cerveja. Cheios de jovens bebendo e se divertindo. Por que vocês não mostram esses jovens batendo o carro na volta pra casa também?

– Por que o comercial é de cerveja e não de uma companhia de seguros. Sinceramente, eu acho um desaforo ter que colocar a mensagem, se beber não dirija em todo final de comercial. Parece que a gente tá conversando com crianças. Quando foi que fizemos um comercial de cerveja onde o cara bebe e sai dirigindo? E as pessoas não sabem que não podem beber e dirigir? Sabe, parece que querem passar toda a responsabilidade pra gente.

– Não é toda a responsabilidade, é só uma parte.

– E a outra parte fica com quem?

– Com o dono do produto.

– E quem compra?

– Como assim?

– O consumidor não é culpado também?

– Claro que não. Ele é vitima. É tanta propaganda é tanta persuasão não tem como escapar.

– E o cigarro?

– Cigarro?

– E os fumantes. Existe mais informação contra o cigarro do que a favor. E olha que não existem mais propagandas de cigarro. Pelo contrário, as propagandas hoje são contra ele. Mesmo assim as pessoas continuam fumando.

– É só uma exceção.

– As propagandas contra as drogas, violência infantil e contra a mulher?

– Já entendi.

– Dois a zero pra mim.

– Tá certo, a propaganda não faz mal às pessoas, mas também não faz bem.

– É claro que faz. Ela gera empregos, cria novos produtos, melhora os que já existem, e o mais importante, ela movimenta a economia de um país.

– Acho que você está dando muito crédito para sua profissão. Como a propaganda vai gerar novos empregos?

– Vamos dizer que o Sr. Zé vende tijolos em sua pequena fábrica. Se fizéssemos uma propaganda da olaria do Sr. Zé e todo mundo que fosse comprar tijolos lá, a demanda seria tanta que ele teria que aumentar a fábrica e contratar novos profissionais.

– Por este lado você está certo. Mas vocês fazem propaganda e não produtos.

– E se o Sr. João dono de outra olaria investisse em propaganda como o Sr. Zé. Eles teriam que diferenciar seus produtos, inventar novos tijolos mais resistentes mais baratos, etc. E sabe quem ganha com isso?

– O publicitário, claro. Agora ele tem dois concorrentes querendo anunciar. Ganha e em dobro.

– Claro que não. Quem ganha é o consumidor com novos produtos, melhor preço e qualidade.

– Entendi. E o consumidor que por muitas vezes obteve seu emprego através da propaganda compra os produtos anunciados, o dono do produto por sua vez investe mais nele, sua empresa cresce e logo ele vai ter que contratar mais pessoas. E tudo isso movimenta a economia.

– Muito bem, acho que você aprendeu o valor da propaganda. Posso dormir agora?

– Agora sim.

– Boa noite consciência.

– Boa noite.



Autor: Henrique Pereira

Foi na Disciplina de Redação Publicitária: Mídia Impressa – 3° período.


terça-feira, 21 de junho de 2011

7 anos, 34.000 moedas e uma homenagem.

Esta é a história de Seu Zio, um senhor que por 7 anos juntou 34.000 reais em moedas de um real. Motivo de todo este esforço, dar de presente a esposa um carro zero em comemoração as Bodas de Ouro. Para isso escolheu o novo Uno, um carro que considera forte. Sabendo da incrível história a Fiat resolveu homenagear seu cliente.



Além do vídeo criado pela AgênciaClick. Uma fan page também foi criada, para aproximar os consumidores à marca Fiat.

www.facebook.com/fiatbr

sexta-feira, 3 de junho de 2011

5º período matutino produzindo vídeos.

Alunos do 5º período de Publicidade e Propaganda, matutino, produziram vídeos para a disciplina de Ética e Legislação Publicitária. Neles são abordados os mais variados assuntos, dentre estes, alguns exemplos sobre propaganda eleitoral.

Mesmo sem terem cursado as disciplinas técnicas de vídeo, os alunos usaram softwares simples (ou nem tanto) de edição, para dar conta da proposta sobre os temas escolhidos, apresentando-os de forma geral e enfatizando detalhes importantes de cada abordagem.

Veja os exemplos:










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