Em datas como natal, dia dos pais e das mães, e difícil ver comerciais que, mais do que emocionantes, sejam criativos. Desta vez, o Banco Real conseguiu. A mãe que entra em um galpão, onde estão ampliadas em tamanho gigante fotos da sua vida ao lado dos pais, dos filhos e do marido, e se emociona de verdade com o que vê, é propaganda para chorar. Assim como ela, cliente do Banco Real, faz. E o mais bacana é que a gente percebe que não foi nada ensaiado, que ela ficou realmente surpresa, que ela é de fato mãe dos meninos e mulher do marido que aparece. Não que propaganda tenha que ser "de verdade", estamos liberados dessa obrigação, por mais que o Oliviero Toscani insista nela. Mas tem tudo a ver com o conceito magistralmente trabalhado pelo banco e por sua agência, Lew,Lara/TBWA, nos últimos tempos.
PS1: Toscani foi o fotógrafo que mudou a maneira de fazer propaganda, na década de 80, com a Bennetton. Ele diz que não é publicitário de jeito nenhum, porque se considera muito melhor e mais íntegro que "esse povinho". Para conhecer o que ele diz e discordar dele, leia "A publicidade é um cadáver que nos sorri".
PS2: O filme do Banco Real com o título Portas foi criado pela Lew,Lara/TBWA e dirigido pelo Alex Gabassi, da O2 Filmes. A trilha, só instrumental, é a batida "Viver e não ter a vergonha de ser feliz", do Gonzaguinha, numa versão piano maravilhosa. No Youtube, para ver e se emocionar, procure "filme da Lew,Lara para Banco Real".
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